As grandes noites europeias voltam na próxima quinta feira ao Estádio da Luz. O Benfica recebe o Inter de Milão, num confronto entre dois gigantes adormecidos que têm na Taça UEFA a possibilidade de salvar uma época que, mais uma vez, nos respectivos campeonatos, não está a correr bem. Não foi o adversário ideal, mas nesta fase da prova, e não sendo o Benfica cabeça-de-série, pouco haveria por onde escolher. O Benfica reencontra o Inter de Milão 39 anos depois de, em San Siro, ter perdido a final da Taça dos Campeões europeus.
Se o Benfica se depara com alguns problemas em virtude das lesões e escassez do plantel, agravados com a expulsão de Nuno Gomes no último jogo com o Rosenborg, o mesmo se aplica aos italianos. Vieri, o melhor marcador da equipa foi expulso no confronto com o Sochaux e não poderá dar o contributo à equipa. Materazzi e Kallon encontram-se suspensos por utilização de substâncias dopantes. Adriano e Stankovic, os reforços de Inverno, não podem jogar em virtude de já terem sido utilizados por outras equipas na mesma edição da prova. Mesmo com tantas ausências, e pela disparidade de orçamentos, o Inter de Milão surge como favorito. Nomes como Javier Zennetti, Kily Gonzalez, Fábio Cannavaro, Andy Van der Meyde ou Matthias Almeyda a isso obrigam.
Em declarações à Rádio Renascença, Gamarra, o central paraguaio do Inter que já passou pelo Benfica, afirma que “em jogos a eliminar não há favoritos, e será o momento de cada equipa que poderá ditar o vencedor”. António Simões, director desportivo dos encarnados partilha da mesma opinião e não tem dúvidas que o Benfica está à altura.
O vencedor desta eliminatória irá defrontar o vencedor do confronto entre Liverpool e Marselha, mais dois históricos do futebol europeu.
De referir também, que o sorteio não ditou confrontos entre jogadores portugueses. O Barcelona, de Quaresma, defronta o Celtic, finalista da edição de 2003; o Bordéus, de Caneira, Bruno Basto e Paulo Costa tem como adversário o FC Bruges e o Newcastle de Hugo Viana joga com o Maiorca.
