A Rede de Alta Velocidade (Rave) está a considerar nova proposta que implica o abandono definitivo da construção do aeroporto da Ota.
Coloca-se a hipótese de construir uma terceira travessia do Tejo por onde partiriam os comboios de alta velocidade. Este, na margem sul, inverteriam para norte pela margem esquerda do rio, atravessando-o na zona do Entroncamento. Um túnel para furar a Serra dos Candeeiros seria a solução para servir Leiria.
Este traçado impossibilita a construção de um aeroporto em Ota. A verificar-se esta hipótese, terá de manter-se o aeroporto de Lisboa na Portela ou construir o novo aeroporto em Rio Frio, solução compatível com o cenário agora em estudo pela Rave.
A ligação Lisboa – Porto está condicionada ao estudo de como “contornar” a Serra dos Candeeiros. Esta não é uma dificuldade de agora. Existiu desde que se pensaram vias terrestres entre a capital e a invicta.
A hipótese, agora colocada em cima da mesa pela Rave, aumenta ligeiramente o tempo de viagem entre Lisboa e Porto e implica custos com a construção da nova ponte sobre o Tejo. Tem, no entanto, a vantagem de ficar mais barata graças ao fácil relevo e às poucas expropriações que seriam necessárias no Ribatejo.
Actualmente, os outros problemas que a Rave está a tentar solucionar são a dificuldade em localizar as estações junto às cidades e a articulação da alta velocidade com as linhas convencionais.
Seis linhas de Alta Velocidade não são uma certeza
O projecto da construção de seis linhas apresentado por Durão Barroso não é, afinal, uma certeza. Parte das linhas de alta velocidade anunciadas por ocasião da Cimeira Ibérica da Figueira da Foz não serão construídas, ou, pelo menos, não serão construidas nos prazos anunciados. Outra parte das linhas previstas comportará velocidades inferiores aos anunciados 250 e 300 km/ hora. Certas são as linhas Porto-Lisboa e Lisboa-Badajoz.