Na primeira declaração dirigida ao país, depois dos atentados que esta manhã lançaram o pânico em Madrid, José Maria Aznar apelou a uma Espanha “unida e democrática”. O líder do Governo reafirmou que “a Espanha é uma grande nação e quem decide são os espanhóis”.

O primeiro-ministro garantiu “apoio e carinho a todos os familiares das vítimas”, sublinhando que nenhuma instituição poderá negar apoio a estes espanhóis “porque eles merecem-no”.

Além da solidariedade, Aznar reiterou que não ficará descansado “enquanto não derrotar o terrorismo”. “Não vamos negociar com eles”, garante.

Apesar do ministro do Interior ter apontado o dedo à ETA, Aznar não culpabilizou directamente os separatistas bascos. Ainda assim, rematou o discurso dizendo: “não permitiremos que uma minoria de fanáticos nos imponham as suas condições”.

O primeiro-ministro espanhol pediu a todos os espanhóis que saíssem às ruas numa manifestação contra o terrorismo, sexta-feira, pelas 19 horas locais.

O número provisório de vítimas mantém-se em 173, segundo dados do Ministério do Interior espanhol, resultantes das treze explosões verificadas, esta manhã, em três gares madrilenas.

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