O Governo vetou o requerimento apresentado pelos partidos da oposição, que exigiam a presença do ministro da Cultura, Pedro Roseta, na Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República. Com esta iniciativa, Partido Socialista, Partido Comunista e Bloco de Esquerda pretendem obter esclarecimentos sobre a gestão do projecto cultural e a nomeação do novo director artístico, o britânico, Anthony Wittworth-Jones da Casa da Música.
A maioria justificou a nomeação de Anthony Wittworth-Jones como sendo “um mero acto de gestão” (declaração feita à agência Lusa).
A este propósito, o deputado da CDU à Assembleia da República, Honório Novo, disse ao JornalismoPortoNet que “não é aceitável a posição da maioria que considera a cultura uma causa menor”, classificando os seus argumentos de “faliciosos”.
Ontem, os deputados comunistas Luísa Mesquita e Honório Novo enviaram um novo requerimento.
Também o Bloco de Esquerda (BE) ficou descontente com o veto da maioria. Ao JPN, Teixeira Lopes, fala em contrasenso uma vez que “o ministro da Cultura já havia dito que tinha o maior gosto em ir à Assembleia”, acrescentando que das duas uma “ou o ministro não quer ir ou a maioria não o deixa ir”.
Para Teixeira Lopes, a nomeação do novo director artístico é um “processo muito mal conseguido que acontece apenas por motivos económicos”. O deputado do BE acusa Rui Rio de “nunca ter perdoado Pedro Burmester” por este ter criticado a Câmara do Porto.
Tentamos contactar a deputada Manuela Melo, do PS, mas até ao fecho desta edição tal não foi possível.
Vânia Cardoso