George Bush afirma que é “essencial que o mundo livre permaneça unido com os iraquianos”. Para o presidente dos EUA, a Al-Qaeda rejeita a presença de uma força estrangeira no Iraque porque “quer usar o Iraque como exemplo da derrota da liberdade e da democracia”.

No entanto, o primeiro-ministro espanhol eleito coloca a intervenção da ONU como única possibilidade de manutenção dos 1300 soldados no Iraque. Em declarações à estação de rádio Onda Cero, José Luis Zapatero afirma que “a ocupação é um fiasco”. No seu ponto de vista, “as forças ocupantes não permitiram que as Nações Unidas tomassem o controlo da situação”.

A administração Bush falou já com diversos líderes mundiais para que estes permaneçam na ofensiva. O presidente dos EUA não comentou a vitória do PSOE nas eleições espanholas deste domingo.

Kofi Annan referiu, esta terça-feira, que os membros da ONU “deveriam usar a força apenas em auto-defesa ou através de uma decisão colectiva que tenha concordado no uso de força para manter a paz”.

Durão Barroso fala em “luta global”

Durão Barroso afirmou esta quarta-feira que o apoio português na realização da Cimeira das Lajes “foi uma decisão acertada”. Esta reunião que juntou Tony Blair, José Maria Aznar e George Bush, nos Açores, decorreu a 16 de Abril de 2003, quatro dias antes do início da ofensiva.

Segundo o primeiro-ministro, “Portugal deve pensar na luta global contra o terrorismo”, sendo essencial a ajuda de “aliados”. Os atentados de 11 de Março em Madrid foram considerados por Durão Barroso como “uma tragédia pequena comparada com outras que venham a acontecer a nível global”, pelo que será necessária uma mobilização internacional.

Jorge Sampaio defendeu na terça-feira que “a luta contra o terrorismo deve ser uma prioridade para as sociedades democráticas”. No seu ponto de vista, é o fim da democracia que os terroristas querem.

Manuel Jorge Bento
com Lusa e BBC