Abdel Aziz Rantissi, co-fundador do Hamas, é apontado como o sucessor do líder espiritual Ahmed Yassin, assassinado pelas forças israelitas segunda-feira.
Considerado o mais radical dos dirigentes do movimento, Rantissi já garantiu que o braço armado do movimento vai “dar uma lição” a Israel.

O assassinato de Yassin decorreu da intenção de Israel de liquidar todos os líderes do Hamas. As chefias militares israelitas garantem que vão seguir uma lista de alvos a abater e ameaçam extender o número de pessoas a eliminar a outros sectores da Autoridade Palestiniana.
Uma acção condenada pela comunidade internacional e que vem inflamar a tensão no Médio Oriente.
O Conselho de Segurança da ONU vai votar hoje um projecto de resolução que condena o governo de Israel pelo assassinato extrajudicial de Amhed Yassin, apesar da ameaça de veto dos EUA.
No entanto, o ministro de defesa israelita, Shaul Mofaz, afirma que estes ataques contra o Hamas são fundamentais e vão aumentar a segurança dos cidadãos israelitas.

Abdel Aziz Rantissi foi alvo de uma tentativa de assassinato em Junho do ano passado, foi preso várias vezes por incitação à violência e opôs-se a todas as negociações de paz com Israel.
Com a promessa de uma retaliação palestiniana à morte de Yassin, Israel está em alerta máximo.

Carla Sousa

Foto: Deutsche-Zeitung