As críticas quanto ao deslocamento do “centro de gravidade” da Aliança para Leste têm-se intensificado nos últimos dias. O governo de Moscovo aprovou uma resolução em que manifesta o descontentamento face à expansão da NATO aos países bálticos e aos balcãs, todos ex-repúblicas comunistas com fronteiras com a Rússia.

O Kremlin acredita que o alargamento vai afectar os interesses políticos, militares e em certa medida económicos da Rússia. A posição de desconfiança reforça-se com a ameaça da Rússia de poder vir a rever as suas posições nos acordos internacionais e a aumentar o seu potencial nuclear, caso a Aliança não considere as preocupações de Moscovo durante o processo de expansão.
No centro da polémica está a militarização dos países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) com as forças da NATO.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Alexandre Iakovenko acusou a Aliança de estar a “fazer uma abordagem dos tempos da Guerra Fria” e considera que este não é o tipo de relação que a Rússia quer estabelecer com a NATO”. O secretário-geral da Aliança, Jaap de Hoop Scheffer admite que a questão é pouco consensual, mas que apesar das dificuldades, as relações da NATO com Moscovo não vão ser afectadas.

NATO: Missão de combate ao terrorismo

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A Aliança militar mais importante do mundo tem agora nas mãos a importante tarefa de se adaptar a uma nova era em que o terrorismo internacional é uma ameaça permanente.

Os sete novos membros já se mostraram disponíveis para participar na luta contra aquilo que consideram ser a maior ameaça. A Nato pretende criar uma Força de Reacção Rápida de 20 mil homens com capacidade para actuar à escala mundial.

Os 26 membros contribuem com soldados e equipamento que integram a estrutura militar da Aliança e que têm como objectivo a garantia de liberdade e segurança dos seus membros em termos políticos e militares. Todavia o seu âmbito é bem maior. Nos últimos anos a NATO tem desempenhado um papel importante em negociações de conflitos e processos de paz, como aconteceu em 1996 na ex-Jugoslávia e recentemente no Afeganistão.

Carla Sousa

Fotos: NATO