O Banco Alimentar Contra a Fome do Porto recolheu 303 toneladas de alimentos na última campanha.

Os alimentos vão ser distribuídos por 300 Instituições de Solidariedade Social que, por sua vez, fornecem os alimentos em refeições confeccionadas a cerca de 49.500 pessoas carenciadas. A campanha foi realizada em 120 supermercados do Grande Porto e contou com cerca de 2500 voluntários.

Reina a satisfação no Banco Alimentar Contra a Fome. A última campanha de recolha de alimentos superou todas as espectativas em altura de crise económica. Apesar do cepticismo, a campanha de Natal não ficou atrás das anteriores, em termos de recolha. Se muitos, com a desculpa da crise e de que não há dinheiro, acabaram por dar menos ou até nem dar para o Banco Alimentar (BA), a generalidade das pessoas aderiu à campanha de recolha de alimentos, nas áreas comerciais do Grande Porto.”(…) O povo português, e talvez seja apanágio dos povos latinos, sente que a vida está má, mas tem consciência de que ainda há quem esteja pior, pelo que a sua comiseração e solidariedade aumenta”. Quem o diz é o Vice-Presidente do Banco Alimentar do Porto, Vasco António, que se mostra satisfeito pelo modo como decorreu esta última campanha.

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“Conseguir mais de 300 toneladas, numa altura de crise, é sinal de que o Banco Alimentar está a atingir mais credibilidade nas pessoas”, afirma Manuel Alçada, Coordenador da Campanha. “Costumo contribuir sempre, porque sei que o Banco Alimentar faz bom uso de tudo o que é recolhido”, são declarações de uma pessoa que entrega um saco recheado de alimentos, para, pelo menos, garantir um Natal digno a quem tem fome.

Anualmente, o Banco Alimentar promove duas campanhas de recolha de géneros, nas áreas comerciais do Grande Porto, uma em Maio, outra em Dezembro. “As campanhas não são suficientes, mas já são uma grande ajuda”, afirma um dos muitos voluntários que trabalham no armazém.

Lúcia Rosa, líder da equipa de voluntários destacados para o Jumbo da Maia realça que “as campanhas, embora não sendo suficientes, servem para sensibilizar as pessoas e para angariarmos os ditos ‘miminhos’, tais como os produtos de bebé, bolachas, produtos que não são fornecidos pela União Europeia nem pelo Mercado Abastecedor.

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Beatriz Casais