O ministro da Administração Interna (MAI), Figueiredo Lopes foi hoje à Assembleia da República (AR) esclarecer a situação da GNR no Iraque. Depois da emboscada do passado dia 4 de Abril, da qual resultaram três feridos entre o contingente português, o Partido Socialista exigiu a presença do ministro. Na manhã de hoje, perante a comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Figueiredo Lopes afirmou que a zona de intervenção da GNR no Iraque, se encontra numa situação “relativamente estável”.

Por isso, a GNR vai manter-se no terreno.”Vamos continuar a prepara a GNR para permanecer enquanto não houver condições para que os iraquianos assumam a sua governação”, afirmou o MAI. O PS, pela voz de Vitalino Canas acusou o governo de ter envolvido Portugal “numa grande embrulhada”, mas também admitiu que este não é o momento para retirar sob pena de se “levar ao agravamento da situação e ao caos”.

E se este não é o momento, a data de regresso do contingente luso ainda não está definida. Assim, se 30 de Junho é a data marcada para a transferência de poderes no Iraque, não será o dia da retirada para a GNR. Aos deputados, Figueiredo Lopes disse ainda que a GNR ficará em solo iraquiano “se essa for a vontade do governo transitório”.

O ministro sublinhou que os cerca de 120 militares portugueses estão preparados cumprir a “missão de policiamento” para que foram destacados, na defesa desse “povo tão martirizado”. Nas suas palavras, o encontro de uma solução para o Iraque passa também por um “apelo às Nações Unidas”.

Liliana Filipa Silva