O Museu do Douro, criado em 1997 e situado na Régua, continua à espera de uma fundação, cuja função será a de gerir o museu. Gaspar Martins Pereira, responsável pela estrutura do projecto, termina o mandato a 30 de Abril e a inexistência desta fundação conduz à pergunta: quem vai gerir o museu?

A resposta é dada pelo Ministro da Cultura, Pedro Roseta, que garante, ao jornal Público, que é a Delegação Regional da Cultura do Norte, de Vila Real, que vai assegurar a transição até à data da existência da realização da fundação. Quanto à morosidade deste projecto, Gaspar Martins Pereira não tem dúvidas do seu motivo. “Tudo o que se situa longe dos grandes centros, num país muito marcado pelo centralismo, tem grandes dificuldades em efectivar-se”, diz o responsável, em entrevista ao JornalismoPortoNet.

O Estado português comprou a Casa da Companhia, também na Régua, essencial para a constituição da fundação. Esta Casa vai ser a futura sede do Museu do Douro.

A história do Museu do Douro

O Douro, enquanto “região demarcada e região económica vitivinicola”, justifica a existência de um museu. Foi desta certeza que nasceu o Museu do Douro, criado em 1997, com a aprovação unânime da Assembleia da República. A Régua foi a região escolhida porque “é o centro da região vinhateira”.

O Museu do Douro “é o museu de uma região vocacionada para a produção vitivinícola. É um museu que abarca o território regional que é muito denso e cuja paisagem está classificada como património mundial”, enumera Gaspar Martins Pereira.

Para quem quiser visitar o museu, melhor dizendo, a sua “sede provisória e área de exposição” pode ver a mostra, “Jardins Suspensos”que é uma exposição “que procura interpretar e apresentar o território” e que será a exposição permanente quando o museu tiver fundação. Esta exposição, desde que abriu as suas portas, já recebeu a visita de 8 mil pessoas.

Vânia Cardoso