De acordo com a edição de hoje do Diário de Notícias, a NATO aconselhou a Armada portuguesa a investir noutros equipamentos que não osubmarinos. A Marinha pediu àquela organização que justificasse a compra de dois submarinos, no ambito do programa assinado hoje e que vai custar 770 milhões de euros.

O governo decidiu a compra dos submarinos por ter uma zona económica exclusiva muito grande para proteger e na sequência do que está a acontecer noutros países costeiros da Europa, que começam a adquirir submarinos para proteger as suas águas.

A NATO considerou, no entanto, que a compra não é necessária atendendo à situação económica do país e a outras necessidades portuguesas, ainda por satisfazer. A organização alertou o governo português para as carencias de outros prograsmas de reequipamento nacional necessários à actividade da Marinha e à própria Aliança. Recorde-se que a Marinha portuguesa apenas está em condições de satisfazer três dos 19 compromissos que tem selou com a NATO, no que diz respeito ao envolvimento de forças navais nas acções da Aliança, nomeadamente em operações de paz.

A NATO aconselhou Portugal a canalizar os milhões que, acredita, serão desperdiçados na compra dos submarinos, para outros equipamentos e sistemas de armas que serviriam, por exemplo, o controlo das águas oceânicas e costeiras e acções de fiscalização.

JornalismoPortoNet tentou contactar o gabinete do Chefe de Estado-Maior da Armada mas não conseguiu qualquer declaração daquela instância.

Ana Isabel Pereira

Foto: NATO