As explosões de ontem em Bassorá vitimaram pelo menos 73 pessoas, a maioria das quais eram crianças, avança a agência Reuters.

O governador de Bassorá, Abdel Latif, e o presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush, em declarações à agência, consideram que os atentados “têm a marca da Al-Quaeda”, sobretudo devido à simultaneadade das explosões. Os três atentados atingiram sobretudo esquadras de polícia e vitimaram algumas crianças que seguiam num autocarro escolar.

Incidentes em Falluja

Em Falluja, os confrontos entre rebeldes iraquianos e tropas da coligação fizeram 36 mortos iraquianos e deixaram três soldados americanos feridos, segundo a Reuters.

Apesar do acordo estabelecido entre as forças da coligação e os rebeldes de Falluja prever a entrega de todo o armamento por parte dos revoltosos, ainda não foram entregues quaisquer armas, avança a Associated Press.

Os militares americanos avisaram já que se as negociações entre os mediadores locais falharem poderão lançar um ataque contra a cidade, confirma a agência.

Resolução da ONU pode estar para breve

A escalada de violência torna díficil a transferência de soberania para o Iraque, afirmou Jack Straw, ministro britânico dos Negócios Estrangeiros à BBC. No entanto, Straw acredita que uma resolução dos membros do Conselho de Segurança da ONU pode ser acordada ainda antes da transferência de poder, que decorrerá a 30 de Junho.

O problema da segurança tem sido o principal obstáculo à presença da ONU no Iraque, mas pode ser determinante para que muitos membros da coligação, mantenham os seus contingentes no país depois da transferência de poder, afirmou à BBC.

Polónia hesitante quanto à manutenção dos soldados no Iraque

A decisão da Espanha, Honduras e República Dominicana de retirar as tropas do Iraque provocou hesitações na Polónia, segundo a Reuters.

Em afirmações à agência, o primeiro-ministro demissionário, Leszek Miller, considerou que “não se podem fechar os olhos perante a retirada dos espanhóis e latino-americanos”. No entanto deixou claro que a Polónia não tomará decisões precipitadas.

A Associated Press, no entanto, avança que a Polónia irá manter os soldados no Iraque, mas deseja reduzir o contingente.

Carla Gonçalves