“Gouveia porque a Câmara nos apoia. O progressivo é algo muito pequeno, que se movimenta na net e no underground.” É assim que Luís Loureiro, um dos organizadores do Gouveia Art Rock 2004, explica a escolha da cidade beirã para a realização do evento. “Se fosse no Porto ou em Lisboa, isto seria incrível”. Ainda assim, podia-se encontrar no Teatro-Cine de Gouveia, palco dos concertos, gente vinda propositadamente de Espanha e do Brasil.

Seis concertos, divididos entre sábado e domingo (24 e 25 de Abril), deram forma à segunda edição do festival. Forgotten Suns, Periferia del Mondo, Richard Sinclair Band, Fernando Guiomar, La Torre dell’Alchimista e Isildurs Bane, por esta ordem, destilaram perfeccionismo, multi-instrumentistas, ausência de barreiras estruturais e muita música de qualidade.

Num ambiente festivo, a pequena comunidade de fãs do progressivo assistiu a um evento único em Portugal. Com um cartaz dirigido exclusivamente para o prog/art rock, cada concerto terminou com o público a aplaudir de pé os artistas.

No fim, pairou a ideia de uma edição substancialmente melhor que a anterior. Entre os factores nomeados, a qualidade superior dos nomes apresentados, uma divulgação mais eficaz juntos dos orgãos de comunicação social e uma organização melhor oleada. A assistência rondou as 250 pessoas. No ano passado, foram cerca de 150.
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Catarina Santos
Germano Oliveira