A violência registada esta quarta-feira é atribuída pelas autoridades tailandesas a separatistas islamitas do sul da Tailândia. Os ataques perpetrados contra postos policiais e do exército, em três províncias tailandesas (Yala, Pattani e Songkhla), já haviam feito de madrugada 95 vítimas mortais (93 jovens e dois elementos das forças de segurança).

A Reuters noticiava esta manhã, citando o chefe do Exército tailandês, que o número de vítimas subiu para 112 (107 agressores e 5 soldados tailandeses). Os ataques produziram ainda mais vítimas depois de a polícia ter invadido uma mesquita de Pattani, onde os jovens atacantes que escaparam às autoridades se haviam entricheirado. Só neste “assalto” policial registaram-se cerca de 30 mortos.

A escalada de violência no sul, maioritariamente muçulmano, começou em Janeiro deste ano, quando a Organização para a Libertação de Pattani assaltou um quartel do Exército em Naratiwat. Para já, Thaksin Shinawatra, chefe do governo tailandês, recusa-se, segundo a Reuters, a associar estes confrontos a questões religiosas ou ideológicas.

A repressão policial e a discriminação social são os principais argumentos apresentados pelas autoridades muçulmanas do sul da tailândia para justificarem o crescendo dos confrontos com as autoridades e do sentimento separatista.

Liliana Filipa Silva