O anúncio foi feito ontem à noite pela Comissão Eleitoral da Macedónia: o primeiro-ministro Branko Crvenkovski alcançou a vitória nesta segunda volta das eleições presidenciais macedónias.

Crvenkovski conquistou 62,7 por cento dos votos na corrida eleitoral de quarta-feira para escolher o sucessor de Boris Trajkovski, o presidente que morreu num acidente de aviação ocorrido há dois meses na Bósnia. O outro candidato à presidência, Sasko Kedev, obteve apenas 37,34 por cento.

Segundo o porta-voz da Comissão Eleitoral da Macedónia, foi registada uma participação de cerca de 53,39 por cento do eleitorado nestas eleições presidenciais.

Crvenkovski, de 41 anos, é o líder da Aliança Social Democrata (SDSM). Além do actual mandato, também foi primeiro-ministro entre 1992 e 1998. Entre as críticas que lhe são dirigidas está o agravamento da situação económica da Macedónia nos últimos tempos.

Acusações de fraude

De acordo com informação avançada pela Reuters, a oposição nacionalista alega que as eleições foram fraudulentas e exige por isso a anulação da votação.

O escrutínio foi acompanhado por cerca de 300 observadores internacionais e quatro mil observadores locais.
Um diplomata macedónio citado pela Reuters disse que existiram de facto algumas irregularidades na votação, mas acredita que tal não tenha afectado o resultado ou que possa haver repetição das eleições por causa disso. “Não consigo imaginar que isso aconteça”, disse o diplomata. Mas não é essa a opinião do principal opositor de Branko Crvenkovski. Sasko Kedev, líder do partido conservador VMRO-DPMNE, exige agora a convocação de novas eleições por considerar que houve fraude nas eleições para a escolha do novo presidente da Macedónia.

Crvenkovski, que tinha alcançado a liderança na primeira volta das eleições, obtém agora a vitória eleitoral nesta segunda volta, em que, como tinha sido anunciado, ficaria decidido quem seria eleito presidente da Macedónia. De acordo com a lei eleitoral, as eleições seriam anuladas e convocadas outras caso se verificasse uma taxa de abstenção superior a 50%. Mas não foi este o caso, uma vez que a participação do eleitorado nestas presidenciais atingiu os 53,39 por cento.

Foto: Reuters

Ana Correia Costa