Valentim Loureiro devia demitir-se dos cargos públicos que ocupa devido ao processo conhecido como “Apito Dourado”. É esta a opinião de 61,3% dos inquiridos numa sondagem publicada hoje no Diário de Notícias (DN), realizada pela Marktest. Entre aqueles que defendem a demissão do major dos cargos públicos, a maioria são do sexo masculino (66%), jovens entre os 18 e 24 anos (64,6%), e das classes sociais alta/média-alta (67%). A demissão de Valentim dos cargos públicos que exerce é mais desejada na Grande Lisboa (64%) do que no Porto (56%).

A sondagem revela também números alarmantes para a credibilidade do futebol português: 90,1% dos inquiridos considera que existe corrupção na arbitragem de futebol em Portugal e apenas 1,2% não acredita que ela exista. Para 72,3% dos inquiridos, os resultados desportivos são falseados e apenas 13,4% acreditam que os jogos são decididos totalmente dentro das quatro linhas.

Valentim Loureiro voltou à Câmara de Gondomar terça-feira, uma semana depois de ter sido detido para interrogatório. Valentim disse aos jornalistas que a sua “consciência” não lhe “pesa em nada” e que não via razões para suspender os dois cargos públicos que ainda ocupa. Os cargos de presidente da Junta Metropolitana do Porto e de presidente da Câmara de Gondomar não foram suspensos pela juíza Ana Cláudia Nogueira.

Valentim Loureiro foi na passada sexta-feira indiciado pela prática de 23 crimes de corrupção desportiva e tráfico de influências. A juíza decidiu suspender o major de dois cargos: presidente da Metro do Porto e da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Pedro Rios