Centenas de finalistas da Universidade do Porto, juntamente com familiares e amigos participaram na missa de Bênção das Pastas que começou às 11horas e terminou por volta das 13:30. A cerimónia foi organizada pelo secretariado Diocesano da Pastoral Universitária (Casa Diocesana de Vilar) e pela Comissão executiva da Queima das Fitas 2004, da Federação Académica do Porto.

O Estádio da Maia foi mais uma vez o local escolhido para celebrar este momento em que os muitos finalistas presentes pediram uma bênção especial para a pasta onde guardam as fitas com os nomes de familiares e amigos.

As várias centenas de finalistas encheram o recinto com o entusiasmo e alegria e coloriram o Estádio com o agitar das fitas da cor dos vários cursos. Nas bancadas os familiares e amigos assistiam emocionados a esta cerimónia que assume grande importância na vida dos estudantes universitários. Maria Carvalho, tia de uma finalista da Faculdade de Letras defende que este é um momento único na vida dos estudantes, uma vez que “assinala o fim de um ciclo muito bonito” e representa “centenas de sonhos realizados”.

Os próprios finalistas participam deste entusiasmo. Joana Baptista, aluna de Psicologia, refere que “é muito reconfortante participar nesta cerimónia” e ver o “brilhozinho de orgulho nos olhos dos pais”. “Acaba por ser uma compensação muito boa para tudo o que eles fizeram por nós e para a nossa dedicação ao curso”, acrescenta a aluna.

O segundo dia da Queima das Fitas 2004 prossegue da parte da tarde com a imposição das insígnias nas várias faculdades da Academia do porto, onde os estudantes recebem o símbolo do ano que frequentam. Os finalistas também marcam presença nesta cerimónia a fim de receberem a bengala e a cartola que simbolizam o fim da sua passagem académica. A partir das 22 horas, as atenções voltam-se para o Queimódromo que recebe um duplo concerto dos portugueses Mão Morta e Jorge Palma.

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Tradição faz 64 anos

A cerimónia de Bênção das Pastas da Queima das Fitas do Porto conta já 64 anos. A tradição começou em 1944 na Igreja dos Clérigos. No entanto, a afluência foi aumentando com o decorrer dos anos e foi preciso encontrar um novo local. A missa passou então a ser realizada, durante vários anos, no Pavilhão Rosa Mota até que em 1999 se deslocou para o Estádio Prof. Doutor Vieira de Carvalho, na Maia.

De acordo com a Federação Académica do Porto, este evento teve uma participação média de 30 mil pessoas em anos anteriores. Hoje de manhã o Estádio da Maia recebeu mais uma vez milhares de pessoas para celebrar esta sexagenária tradição académica.

Andreia Parente