O Dia da Beneficência é uma das actividades com maior tradição na Queima das Fitas da Universidade do Porto. Hoje, cerca de 40 caloiros das várias faculdades saem à Baixa do Porto para um peditório que, ao contrário dos outros anos, vai reverter para uma só instituição: a Cruz Vermelha. Esta alteração tem que ver com um protocolo assinado entre a Federação Académica do Porto e a Cruz Vermelha.

A importância desta iniciativa está, não só na ajuda monetária, mas também na consciencialização das pessoas. Este dia serve para os portuenses “não pensarem que a Queima se resume a uma semana de borga para os estudantes, também se pensa noutras coisas”, assegura José Maia, o coordenador do Dia da Beneficência.

Quem quiser contribuir para esta causa, basta dar um salto à Baixa entre as 14 e as 19 horas e comprar “umas pastas pequeninas em cartolina com as fitas de cada curso”. Quanto ao preço a pagar, José Maia esclarece que “cada um dá o que quer”.

O número de contribuições tem aumentado de ano para ano. José Maia reconhece que inicialmente as pessoas mostravam-se reticentes e hesitantes, mas agora como “vêem que já é uma coisa mais séria, até já esperam por esta iniciativa”, que já conquistou espaço no cartaz oficial da Queima.

Com o aumento da adesão dos portuenses à causa, aumenta também a quantia conseguida. O ano passado o saldo foi de 1500 euros. Este ano, José Maia tem a certeza que o número de euros vai aumentar. Independentemente do dinheiro conseguido no peditório, a quantia a dar à instituição de solidariedade é sempre o mesmo. “Todos os anos, damos 2500 euros. Conforme o que dá o peditório, a FAP põe o resto para completar a quantia”, explica o coordenador.

As iniciativas de solidariedade não se resumem a um único dia. Também na imposição das insígnias e na bênção das pastas, as pessoas têm a oportunidade de colaborar.

Vânia Cardoso