A troca de insultos, ataques e respostas, em redor das características físicas de Sousa Franco transformou-se no assunto mais falado entre o PS, a coligação e não só. A Associação Portuguesa de Deficientes (APD) saiu em defesa do cabeça de lista socialista, que considera que o discurso de João Almeida, deputado do CDS-PP, promove a “intolerância”.

Em comunicado no seu site oficial, a APD manifestou “profundo repúdio e condenação pelo facto de elementos da coligação “Força Portugal” se terem servido de características físicas para depreciar um seu opositor”.

João Almeida e Ana Manso, ambos do CDS-PP, foram os deputados que criticaram as características físicas de Sousa Franco. Para a APD, “dirigentes políticos para quem uma determinada característica física é digna de nota, negativa, infira-se, não merecem a confiança de grupos de cidadãos que dia a dia lutam para que todas as pessoas sejam reconhecidas enquanto seres humanos dignos de todo o respeito”.

Sousa Franco já respondeu às críticas, afirmando que o PP é um partido “xenófobo e racista”. Ribeiro e Castro saiu em defesa do PP, exigindo um pedido de desculpas, considerando as afirmações do cabeça de lista socialista como “um insulto e uma calúnia”. O candidato a eurodeputado acrescenta que “desta agressão”, retira-se “um apelo fortíssimo aos militantes democrata-cristãos para a formação de uma forte mobilização contra a intolerância e o ódio”.

O Partido Socialista criticou hoje o Governo pela possibilidade de ser concedida tolerância de ponto a 11 de Junho, a sexta-feira antes das eleições europeias.

Vânia Cardoso