A Federação Nacional de Associação de Estudantes do Ensino Superior Particular e Cooperativo (FNAESPC) tem-se distanciado das formas mais radicais de protesto estudantil.

Na opinião do seu presidente, José Alberto Rodrigues, isso deve-se ao facto das manifestações estarem “ultrapassadas e partidarizadas pelos partidos de esquerda”. Para aquele dirigente, o diálogo vai continuar a ser a via seguida, até porque tem obtido resultados.

Quanto ao motivo de maior divisão entre as associações de estudantes do público e a FNAESPC, o financiamento do Ensino Superior, José Alberto Rodrigues diz que, “apesar de parecer que há uma redução, o rendimento ‘per capita’ aumentou, o que é positivo”, mas não deixa de apelar a um maior rigor “na gestão das contas públicas”.

Em relação à polémica Declaração de Bolonha, José Alberto Rodrigues considera “essencial” que esta entre em vigor o mais rapidamente possível, para “que os estudantes portugueses sejam equiparados aos europeus”. A FNAESPC teme, no entanto, que, pelo menos em Portugal, Bolonha não passe de uma “operação de cosmética”.

A posição dos estudantes do ensino privado é assim distante das diversas associações de estudantes do ensino público, apesar de existirem pontos de contacto a nível da acção social e da presença dos alunos nos órgãos das faculdades.

Léccio Rocha