O urbanismo e a mobilidade não são o número um nas prioridades de Rui Rio. Contudo, são as que têm gerado mais polémica, nos últimos dias. A construção da Linha Laranja do Metro, na Boavista, e o túnel de Ceuta são os motivos da discussão.

De um lado, a ala esquerda da Assembleia Municipal contesta o Metro na Boavista e o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico) opõe-se à proposta de Rui Rio para o túnel de Ceuta.

Do outro lado, o executivo camarário diz “endurecer o discurso e dar diversos murros na mesa, se for preciso”, para avançar com os dois projectos. Mesmo que a resposta definitiva do IPPAR seja negativa e o estudo ambiental rejeite a Linha Laranja, Rui Rio não vai desistir das empreitadas.

Inclusão social é a prioridade

A sete meses das eleições autárquicas, a principal preocupação do executivo camarário centra-se nas fortes assimetrias sociais da cidade do Porto. “18% da população da cidade é inquilina da autarquia”, afirmou Rui Rio. Neste sentido, a reestruturação das habitações sociais é a solução apontada pelo presidente autárquico para combater a exclusão social e aumentar a segurança.

“O Bairro S. João de Deus é um autêntico Casal Ventoso”, disse o edil. No entanto, Rui Rio também afirmou que a câmara “tem-se esforçado para alterar esta situação”, nomeadamente, através da construção de vias, da demolição de edifícios degradados e, sobretudo, através da acção do Porto Feliz.

O combate à exclusão social, o planeamento urbanístico e a mobilidade são as três prioridades de Rui Rio, apresentadas, ontem, pelo autarca, numa conferência sobre “A Revitalização Económica, Social e Política do Porto”, na FEP (Faculdade de Economia do Porto).

Salomé Pinto da Silva