Com a compra da Universidade Moderna do Porto, pela cooperativa detentora da Universidade Lusófona, alunos e professores esperam ainda por saber que efeitos terá a operação na universidade que se encontrava numa situação financeira bastante complicada, com cursos de poucos alunos e professores com salários em atraso. Filipe Salvador, presidente da associação de estudantes da Moderna, explicou ao JPN que não tem conhecimento sobre o programa da COFAC, mas que o presidente Manuel Damásio se mostrou disponível para vir ao Porto esclarecer os alunos.

A Cooperativa de Formação e Animação Cultural (COFAC), detentora da Universidade Lusófona, fica encarregue das áreas científicas e pedagógicas da Moderna do Porto, mas não com as dívidas anteriores à compra. Deste modo, a situação dos professores com os salários em atraso preocupa bastante o presidente do Sindicato de Professores do Norte, Mário Carvalho que considera que “os salários em atraso não vão ser cobertos pela Lusófona porque a Lusófona comprou a Moderna mas não as suas dívidas”. “A Universidade Moderna sempre teve dificuldade em cumprir para com os docentes, resta agora esperar para ver o que acontece. No entanto, saldar as contas e fechar o estabelecimento também não é o que o sindicato quer”, acrescenta o sindicalista.

Não foi possível contactar a COFAC, mas, em declarações ao Jornal de Notícias, o presidente da direcção, Manuel Damásio, afirmou que as prioridades são normalizar a gestão e pôr a universidade a trabalhar logo que possível.

Pedro Gonzaga Nolasco