O fim-de-semana foi de manifestações anti-guerra por todo o mundo, agora que se completam dois anos desde os primeiros bombardeamentos em Bagdad. Na manifestação que teve lugar na Praça da Batalha, Jaime Torga, do Movimento pela Paz (MPP) disse ao JPN que esta concentração “lembra a invasão a um povo com a farsa das armas de destruição maciça, que 700 dias depois ainda não apareceram”.

Dois anos depois do início da ofensiva liderada pelos Estados Unidos “o que se pretende no Porto e por todo o mundo é assinalar a data trágica e exigir o fim do massacre do povo iraquiano e dar um passo para que esta situação não se repita”, afirma Jaime Torga. A par do Movimento Pela Paz e das dezenas de manifestantes, a concentração contou com o apoio de várias associações de estudantes, da Juventude Comunista, da União de Sindicatos do Porto e do Movimento Democrático de Mulheres (MDM).

Entre cartazes e faixas “contra a opressão de Bush” e “pela soberania do povo iraquiano”, os protestos voaram mais alto ao som das letras de “O que faz falta é avisar a malta” e “Não me obriguem a vir para a rua gritar” de José Afonso. Teresa Silva, uma voluntária do MPP, disse que “há coisas que não se podem esquecer”. A invasão do Iraque “vai ter consequências na nossa vida e nos direitos humanos”, afirmou Joana Coelho, outra voluntária do movimento.

Luta pela paz “sem data”

A representante do MDM Ilda Marques referiu que “lutar pela justiça, pela paz e pela dignidade humana não tem data, deve ser uma luta de todos os dias e por todas as causas”.

Em Lisboa, os protestos incluiram a projecção de documentários e debates. No Porto, os Clã, Pedro Abrunhosa e Camané actuaram no Rivoli num concerto pela paz.

Bruna Pereira