A companhia de aviação TAP diminuiu em 2004 os resultados líquidos em 56% relativamente a 2003. A TAP obteve no ano passado um lucro de 8,6 milhões de euros, um valor aquém do previsto (15,8 milhões de euros), graças ao impacto dos elevados preços atingidos pelo petróleo nos mercados internacionais.

As constantes oscilações do preço do petróleo durante o ano de 2004 foram uma dor de cabeça para as empresas de aviação, que têm nos custos dos combustíveis um dos factores determinantes para o desempenho da empresa. A empresa, que orçamentou 128 milhões de euros em combustível, acabou por gastar 200 milhões.

Para minimizar o peso desta factura, a TAP optou por cobrar aos passageiros uma sobretaxa de combustível. Esta taxa revelou-se no entanto insuficiente: durante a apresentação dos resultados da empresa, Fernando Pinto referiu que a manutenção dos elevados preços do barril de petróleo acabará inevitavelmente por se repercutir no preço dos bilhetes e anunciou que está a ultimar com os sindicatos um acordo de realinhamento, feito com base num estudo que compara as remunerações dos trabalhadores da TAP com trabalhadores que desempenham funções semlhantes noutros sectores.

No que toca a recursos humanos, o administrador admitiu reduções de pessoal nos serviços de “back-office”, mas salienta que tem havido contratações em áreas como atendimento e tripulações.

O ano 2004 foi o segundo ano consecutivo que a TAP apresenta resultados positivos desde que a equipa liderada pelo brasileiro Fernando Pinto entrou para a empresa. Para 2005, a TAP espera atingir lucros de 14 milhões de euros e recuperar 25 milhões de euros com a descida das comissões das agências.

Agostinha Garcês de Almeida