O bispo do Porto declarou-se feliz com a escolha de Joseph Ratzinger para a sucessão de João Paulo II. “É um homem com uma cultura rara, de uma grande segurança. Não sou capaz de pensar nele como um homem fechado. É um homem universal”, afirmou D. Armindo Lopes Coelho ao JPN.

O líder da Diocese do Porto rejeita as acusações de ultraconservadorismo que foram feitas ao cardeal alemão, dizendo que “há sempre uma tendência para catalogar”, embora declare que vê Ratzinger como “um resistente. É a parede da Igreja”. E não tem dúvidas em afirmar que “quem acusa Bento XVI de ser conservador são os mesmos que acusaram João Paulo II do mesmo. É inevitável que haja choques. Mas seria impensável que o novo Papa não seguisse as linhas que João Paulo II traçou, mesmo as chamadas mais conservadoras”, declarou.

Quanto à esperança de ver um dos cardeais portugueses ser eleito Papa, D. Armindo Lopes Coelho diz que “a expectativa era baixa. Não tinha nenhum favorito, por isso não fiquei desiludido”. Para o Bispo do Porto, “D. Policarpo dava um bom Papa se tivesse sido eleito”.

Miguel Conde Coutinho