A fraca resistência da economia às evoluções conjunturais, baixo crescimento do PIB por habitante e a ameaça da deslocalização da produção são as principais debilidades de Portugal, segundo o anuário do Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Gestão (IMD) sobre competitividade.

De 39º lugar no “ranking”, Portugal desceu para o 45º, entre 60 participantes. Esta queda de Portugal no índice do IMD vem de encontro a uma tendência decrescente que trouxe o país do 32º lugar em 2001 e para o 33º em 2003 e 2004. Esta tendência pode, contudo, ser relativizada pelo facto de haverem mais 11 participantes.

Pontos positivos

Apesar de ter descido seis lugares em relação ao ano passado, nem tudo é negativo na classificação portuguesa no IMD. Os pontos positivos dizem respeito à ausência de problemas sociais por discriminação racial ou sexual (10º lugar), ao nível da taxa do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas e as leis de imigração que não impedem o emprego de trabalhadores estrangeiros. No que diz respeito a estes dois últimos parâmetros, Portugal ficou em 17º lugar.

IMD aponta desafios a Portugal

Alcançar um défice orçamental inferior a 3% do PIB nacional é o primeiro desafio apontado pela Formédia, parceiro português do IMD neste anuário. Aumentar a competitividade e as exportações e mostrar empenho na redução do desemprego são outros dos desafios. A estes acresce a realização da reforma da administração pública e da justiça e a melhoria da qualidade dos serviços de saúde.

O IMD publica este anuário sobre competitividade desde 1989 de forma ininterrupta.

Andreia Ferreira