Juan Pablo Montoya conquistou o Grande Prémio do Reino Unido mas a grande vencedora voltou a ser a Renault. Apesar da estreia do colombiano a vencer pela McLaren, o espanhol Fernando Alonso cimentou a liderança no Mundial de Pilotos ao terminar à frente de Kimi Raikkonen, colega de Montoya na construtora que recorre aos motores Mercedes.

Detentor da “pole-position”, Alonso perdeu a liderança no arranque mas essa não era a principal preocupação da escuderia francesa, até porque o mais directo perseguidor partira da 12ª posição. Pela segunda vez em outras tantas semanas, Kimi via-se com problemas no motor e teve que o trocar, o que implicou a perda de dez lugares na grelha de partilha.

Raikkonen ganhou quatro lugares na volta de arranque mas ficou entalado por Michael Schumacher, que nunca se mostrou capaz de ultrapassar o Toyota de Jarno Trulli. Todavia, a melhor performance do finlandês foi visível após os reabastecimentos e a McLaren acabou por colocar ambos os pilotos no pódio. Mesmo assim, foi a Renault e Fernando Alonso quem mais teve motivos para festejar, em Silverstone, escassos três dias depois dos atentados em Londres.

Onze corridas, nenhuma desistência para Monteiro

Tiago Monteiro teve o mesmo problema do que Raikkonen. Forçado a mudar o motor do seu Jordan EJ-13, o piloto portuense partiu da última posição da grelha mas um bom arranque permitiu-lhe ultrapassar os Minardi e Massa. Todavia, o piloto brasileiro recuperou a posição e Monteiro pouco beneficiou do único abandono registado em toda a corrida.

Narain Karthikeyan voltou a ter problemas com o Jordan e abandonou a prova ainda antes da primeira paragem nas “boxes”. Monteiro subiu uma posição mas perdeu-a perto do final para o BAR de Takuma Sato.

Ainda assim, o 17º lugar permite-lhe alargar para onze a série de provas consecutivas sem abandonar. Nenhum outro “rookie” da história da Fórmula 1 concluiu tantas corridas.

André Viana
Foto: Juan Pablo Montoya