Depois de ter provocado a morte de quatro pessoas na Jamaica, o furacão Emily invadiu, esta madrugada, a península de Yucatan, fustigando as praias da estância balnear de Cancun, no México.

Cozumel, Playa del Cármen e Tulum foram as zonas mais afectadas, garantiu, esta madrugada à agência Lusa, José Reivosa, um responsável do secretariado do turismo da estância balnear mexicana.

Ventos na ordem dos 215 quilómetros por hora e chuvas torrenciais forçaram pelo menos oito mil turistas a regressar aos seus países. Mas outros mil não conseguiram embarcar devido ao encerramento do aeroporto internacional de Cancun, juntando-se a outros 10 mil instalados em centros de acolhimento de urgência, mal equipados e desconfortáveis, na sua maioria localizados em escolas e ginásios.

Os habitantes refugiaram-se em cerca de 170 escolas e centros comunitários, que o governo mexicano garantiu terem capacidade para alimentar entre 60 mil e 70 mil pessoas.

As ilhas Cayman também sentiram a força da tempestade, ontem de manhã. Dois pilotos foram arrastados pelos ventos fortes, enquanto sobrevoavam de helicópetero o Golfo do México, não sobrevivendo à investida do furacão.

De acordo com especialistas norte-americanos, o Emily é um furacão de categoria quatro, quase tão perigoso quanto o furacão Gilberto, de categoria cinco (o máximo da escala), que devastou a região em 1988.

Os alertas estão agora voltados para o nordeste mexicano e o sul do Texas. Segundo os especialistas, o furacão dirige-se para essa região, podendo provocar, na quarta-feira, desabamentos de terra.

Salomé Pinto da Silva
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