O Benfica voltou a encurtar a distância para o topo da tabela, após ter ganho ao V. Guimarães por 2-1. Um triunfo sofrido, é certo, em muito devido ao notório crescimento da equipa orientada por Jaime Pacheco. Ainda assim, foi Miccoli quem marcou primeiro, após livre de batido e assistência involuntária de Nuno Gomes. Todavia, os minhotos pegaram no jogo a partir de então, sendo o golo de Tiago Targino o natural corolário de um domínio que chegou a ser avassalador. Com a igualdade, o Benfica voltou a assumir a partida, ainda que quase sempre de forma desinspirada. Foi, pois, num lance individual que se decidiu o vencedor. Simão Sabrosa marcou, com um ressalto e muita felicidade pelo meio.

Pior segue o Sporting, humilhado em Paços de Ferreira após a eliminação da Taça UEFA. José Peseiro introduziu mudanças, mas não foi nada feliz. No primeiro tempo, o conjunto de José Mota esteve mesmo uns furos acima dos visitantes. De tal forma que o golaço de Ronny (estreia a marcar) foi a consequência esperada do melhor futebol dos locais. Pior para a turma de Peseiro, que ainda sofreu o segundo golo em descontos da etapa inicial. Um lance desastrado de Beto, que permite a finalização fácil de Didi. Ainda que melhor na segunda parte, o Sporting foi incapaz de inverter o marcador e, já com Ricardo em campo, acabou mesmo por encaixar o 3-0. Golo de Júnior, em contra-ataque.

O FC Porto também não se deu bem. Jogou na Madeira depois do colapso na Liga dos Campeões e foi manifestamente inferior ao Marítimo do debutante Paulo Bonamigo no primeiro tempo. De tal modo que o golo de Manduca era escasso para a qualidade dos insulares e a pobreza dos portistas. Isso alterou-se com a etapa complementar e com a entrada de Paulo Assunção, primeiro, e de Lisandro López, depois. O argentino seria mesmo o inventor do tento do empate, num violento remate à entrada da área. E César Peixoto, em brilhante lance de contra-ataque, deu vantagem ao conjunto de Co Adriaanse. Todavia, e mesmo reduzido a dez unidades, o Marítimo chegou à igualdade. Marcou Marcinho, do meio da rua. Apesar de ter disposto de mais ocasiões, o FC Porto não logrou voltar à vantagem.

Quem parece ter já esquecido a eliminação da Taça UEFA é o Braga, que fechou terça-feira a jornada com uma vitória por 1-0 frente à Naval 1º de Maio. O golo foi marcado por Vandinho logo aos quatro minutos, após tabelinha com Maxi.

Surpreendente é o Nacional de Manuel Machado. Segue com os primeiros, tendo ganho ao Penafiel, por 2-0. Um Penafiel a contas com várias lesões e que também não tem sido bafejado pela sorte. Com o nulo no marcador, Roberto desperdiçou uma grande penalidade e a respectiva recarga. Há dias assim! Pior só quando Nuno Santos decidiu abrir a capoeira, dando o primeiro golo do encontro a Alexandre Goulart. Batido, o emblema duriense viria ainda a sofrer um segundo golo. Chilikov, avançado búlgaro, estreou-se a marcar em Portugal.

A jornada começou em Belém, onde um desastrado Belenenses foi derrotado pelo regressado Estrela da Amadora. Sem segredos, a turma de Toni insistiu na estratégia do contra-ataque. Teve, contudo, um brinde inesperado. O desnorte da defensiva local ofereceu um bis a Semedo, que primeiro tratou de aproveitar a insegurança do lateral-esquerdo (Vasco Faísca), deixando para mais tarde o titular da ala contrária (Amaral). Vitória justa, a primeira dos tricolores nesta edição da Liga.

Sábado o palco foi montado em Vila do Conde, onde regressava Carlos Brito, agora como treinador do Boavista. Não teve retorno feliz, sobretudo na primeira parte. A favor do vento, os axadrezados não efectuaram um único remate. Assim, o golo de Manuel José surgiu como que em fase experimental do capítulo da finalização, sendo que também Fary podia ter feito o gosto ao pé. No reencontro com o treinador que o orientou em Aveiro, não se atreveu a tal desfeita. Assim, coube a Gaúcho repôr alguma justiça no resultado.

A Académica estreou-se a vencer. Fê-lo em casa, diante do Gil Vicente. Um triunfo suado, mas inteiramente merecido pelo onze de Nelo Vingada. Fernando abriu a contagem e, face a algum desnorte do conjunto minhoto, o avançado Joeano tratou de matar a indefinição do resultado, na estreia a marcar em 2005/2006.

Pior segue a União de Leiria, que voltou a perder. Desta feita em Setúbal, ante um Vitória que vinha da eliminação da Taça UEFA. Golos de Ricardo Chaves e do brasileiro Fábio Hempel.

André Viana