O jornalista Carlos Cáceres Monteiro morreu às 05h00 de hoje, terça-feira. O actual director editorial do grupo Edimpresa estava hospitalizado desde há três semanas. Tinha 57 anos.
Com 37 anos de carreira jornalística, Cáceres Monteiro iniciou a sua incursão pelo mundo do jornalismo aos 20 anos, depois de ter desistido do curso de Direito na Faculdade da Universidade Clássica de Lisboa, onde foi dirigente associativo.
O funeral realiza-se quarta-feira ao início da tarde, em Lisboa, disse à agência Lusa fonte da revista “Visão”, da qual Cáceres Monteiro foi fundador e director até ao ano passado. O corpo estará a partir das 17h00 de hoje na Basílica da Estrela. Às 14h30 de quarta-feira realiza-se uma missa de corpo presente.
O jornalista começou a sua carreira nas revistas “Flama” e “Século Ilustrado”. Foi subchefe da redacção de “A Capital” e editor de política do “Diário de Notícias”.
Analista político regular na televisão
Foi ainda correspondente da revista espanhola “Cambio 16”, director do “Jornal Sete”, co-fundador de “O Jornal” em 1975, do qual foi director adjunto, e analista político regular na RTP, Sic Notícias, TSF e Antena1.
“Sou um jornalista de banca, gosto da chefia e de fazer sair as edições”, referiu Cáceres Monteiro em entrevista ao “Diário de Notícias” a 14 de Junho de 2004.
Acreditava no jornalismo como uma “missão de vida” e ao longo da sua carreira cobriu vários conflitos como a guerra do Golfo, do Iraque e o conflito israelo-árabe.
Vários prémios e obras
Cáceres Monteiro ganhou vários prémios e editou diversas obras. Em 1985 recebeu o Prémio Gazeta do Clube dos Jornalistas por uma série de reportagens sobre a China e em 2002 foi considerado o jornalista do Ano pelo Clube Português de Imprensa.
Na literatura, a obra mais recente do jornalista intitula-se “Hotel Babilónia” (2004). É com “profunda saudade” que a “Visão” se despede de uma das figuras mais cruciais no percurso da revista.