Dois volumes de poesia de Fernando Pessoa, o primeiro com 234 poemas inéditos, foram editados pela Assírio & Alvim.

Os 234 poemas inéditos são ortónimos – isto é, assinados por Fernando Pessoa e não através de nenhum dos seus heterónimos – e foram escritos entre 1902 e 1917. O segundo volume reúne oito outros poemas, escritos entre 1918 e 1930.

Os poemas foram descobertos por Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas e Madalena Dine, a partir de uma leitura dos originais depositados na Biblioteca Nacional, em Lisboa.

A edição integra também os poemas publicados em vida por Fernando Pessoa, excluindo os de “Mensagem”, e os que foram sendo publicados por variados editores desde a morte do poeta, em 1935, até 2005, com exclusão de “Canções de Beber” e “Quadras”.

As autoras sublinham, no prefácio, que optaram por não incuir muitos poemas fragmentários em estado de esboço, aos quais, dizem, “certamente Pessoa teria dado uma outra forma, reescrevendo-os, refundindo-os, corrigindo-os, completando-os, se os viesse a publicar”. “Por isso, optámos por não os incluir nesta edição que, pretendendo-se embora rigorosa e criteriosa, é dirigida a um público comum e heterogéneo, não necessariamente iniciado em questões de crítica genética”, esclarecem.

JPN/Lusa
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