O Governo vai apresentar amanhã, sábado, o primeiro acordo com o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Segundo a edição de hoje do “Diário Económico”, o Governo vai assinar o primeiro de uma série de acordos com várias instituições universitárias norte-americanas para apoiar o Plano Tecnológico.

A cerimónia decorrerá no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Vai ser presidida pelo primeiro-ministro e contará com o chanceler do MIT, Phillip L. Clay, informou hoje o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em comunicado. A nota de imprensa é parca em detalhes, referindo apenas que amanhã será lançado o “processo de colaboração entre o Estado português e o MIT”.

Da parte do MIT, o silêncio também é a palavra de ordem. Denise Brehm, do gabinete de comunicação do instituto norte-americano, disse ao JPN que “nenhum acordo será assinado amanhã”.

A mesma fonte acrescentou que desde a visita dos membros do Governo ao instituto que “foram mantidas conversas” sobre as “formas como o MIT pode desenvolver áreas de investigação fundamental que são do comum interesse do MIT, governo, universidades e indústrias”.

“O MIT e o Governo estão a avaliar como podem relacionar-se em projectos de educação e investigação de mútuo interesse. Ainda não se chegou a nenhuma decisão ou acordo para esta colaboração, mas há um interesse sincero de ambas as partes”, acrescentou Denise Brehm.

Foram convidados os responsáveis das instituições de ensino superior, unidades de investigação e empresas tecnológicas e devem estar presentes os ministros da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, e da Economia, Manuel Pinho.

Os últimos contactos entre as partes indicavam que o MIT construiria um pólo da universidade em Portugal – a primeira fase do processo – e um suporte que apoiaria tecnicamente o lançamento de projectos de parcerias entre universidades, unidades de investigação e empresas.

O acordo com o MIT é uma das medidas mais referidas do Plano Tecnológico e também das mais polémicas. O ex-coordenador do plano, José Tavares, chegou a afirmar que havia um ministro que estaria contra a fixação do MIT em Portugal, sem concretizar o nome do visado. Entretanto, Mariano Gago veio garantir que os acordos iam avançar e classificou o projecto como “prioritário”.

Pedro Rios
Fotos: Ordem dos Advogados/Instituto Camões