O INESC/Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores) está a desenvolver um sistema para medir o nível de oxigénio na água através de sensores de fibras ópticas.

As aplicações práticas do projecto, baptizado de “Oxigénio”, desenvolvido pela Unidade Optoelectrónica e Sistemas Eléctricos do INESC/Porto são variadas mas incidem sobretudo na área da piscicultura. A utilização da tecnologia óptica em medições nos reservatórios de água que abastecem as cidades não é uma das finalidades da investigação, afirmou ao JPN José Luís Santos, director da unidade.

O projecto tem como objectivo obter medições da quantidade de oxigénio na água em tempo real, em vários pontos e à distância “sem que seja necessário recolher amostras da água em frascos”, explica José Luís Santos.

A quantidade de oxigénio na água é um importante indicador de saúde da vida aquática. A poluição pode levar ao desenvolvimento excessivo de algas que fazem baixar o nível de oxigénio na água. Este fenómeno ocorre, por exemplo, em barragens e pode levar à extinção de espécies aquáticas.

Os resultados da pesquisa ainda não são definitivos, mas o físico classifica-os como “indícios encorajadores”. A investigação está ainda na fase laboratorial e só em 2008 é que estão previstos testes de campo.

O INESC/Porto é um laboratório associado sem fins lucrativos detido a 60% pela Universidade do Porto, através da Faculdade de Engenharia, e que tem também capital do INESC/Lisboa.

Tatiana Palhares
Foto: SXC