A vida a cru transmitida através de uma linguagem muito próxima da poesia. “Orgia” fala-nos da história de um casal pequeno-burguês num dia de calor da Páscoa. Ela, amante e escrava em fuga, ele, transexual, fetichista. Personagens que procuram a liberdade, que procuram encontrar-se a si próprias.

Feita de impulsos obscuros, violentos e sexuais, a peça, que estreia hoje, quarta-feira, no Teatro Rivoli, no Porto, conta com os actores José Airosa, Sylvie Rocha e Sofia Correia.

O encenador de “Orgia”, Pedro Marques, explica que o que mais lhe atrai no teatro de Pier Paolo Pasolini é o aspecto poético e político da suas peças, traduzido nas personagens que são “pessoas diferentes que não fazem parte de um rebanho indistinto”.

Pedro Marques não considera que a peça seja “polémica ou provocadora”, mas antes que coloca questões que, segundo o encenador, é o que o bom teatro deve fazer.

“Orgia” estará em cena no Teatro Rivoli até 18 Março, sempre às 21h30.

Tatiana Palhares
Foto: DR