A Casa Branca emitiu hoje, quinta-feira, um comunicado referente ao desafio que constitui o governo de Teerão e à hipótese de anteciparem possíveis ataques do país através da guerra preventiva. Esta táctica está a ser seriamente considerada devido às suspeitas de desenvolvimento de armas nucleares pelo Irão.

O documento de estratégia para a segurança nacional da Casa Branca, hoje citado pelo “Washington Post”, sublinha que o uso da força é uma alternativa viável, em detrimento da diplomacia, “mesmo havendo incerteza sobre a data e o local do ataque do inimigo”.

O texto deverá ser apresentado hoje pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca Stephen Hadley.

O documento de 49 páginas salienta a importância e cariz prioritário da cooperação entre os países aliados e evoca também as nações incluídas no famoso “eixo do mal”, definido no rescaldo do 11 de Setembro de 2001, em especial a Coreia do Norte. A Rússia e a China são também advertidas no relatório que apela a Pequim para que aja “de forma responsável” para “fazer as opções estratégicas certas para o seu povo”.

A táctica de guerra preventiva foi legitimada num documento de estratégia nacional promulgado em 2002 e é actualmente aplicável a qualquer nação que se apresente ameaçadora aos olhos da administração norte-americana, apesar da polémica invasão do Iraque.

André Sá
Foto: White House