Foi hoje, sábado, inaugurado o troço final da Linha Vermelha do metro do Porto, linha que liga a Senhora da Hora à Póvoa de Varzim. A inauguração contou com a presença do Ministro das Obras Públicas e dos Transportes, Mário Lino, e da Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.
Com partida marcada para as 10h30, a carruagem do metro do Porto que fez a viagem inaugural da Linha Vermelha saiu da Senhora da Hora com poucos minutos de atraso.
Chegada a Vila do Conde, a comitiva fez a primeira inauguração da manhã e inscreveu no mapa do metro do Porto, a cidade de Vila do Conde.
“Este é um dia importante para o concelho porque é restabelecido o transporte público ferroviário que, como sabemos, é um elemento fundamental para a afirmação dos municípios e para o bem-estar das populações”, frisou o presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Mário de Almeida.
O autarca assumiu que ainda existem muitos acertos a fazer mas mostrou-se confiante na equipa da empresa Metro do Porto e no Governo. “A intervenção não está concluída, sabemos que as obras complementares, que pomposamente foram chamadas de inserção urbana, estão inacabadas, mas acredito que estejam concluídas no fim deste ano ou no primeiro trimestre de 2007”, referiu.
Por sua vez, Mário Lino garantiu que a persistência dos autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP), nomeadamente, do presidente do conselho de administração da Junta Metropolitana, Rui Rio e do presidente da empresa Metro do Porto, Valentim Loureiro, será recompensada com o empenho do Governo em levar a bom porto este projecto, garantindo a sua viabilidade e sucesso.
“É com muito prazer que me desloco pela terceira vez, desde que tomei posse como Ministro dos Transportes, à AMP para inaugurar troços das linhas de metro. É notório que esta linha ainda tem problemas a resolver, mas o Governo está empenhado em ser célere na sua resolução”, prometeu Mário Lino.
Relativamente ao tarifário social, o ministro anunciou que o título de transporte “Andante” vai passar a proporcionar descontos de 47% para os idosos e de 25% para os estudantes e crianças, entrando em vigor a curto prazo.
Mário Lino explicou também que os ministérios das Obras Públicas e das Finanças estão a estudar uma proposta da administração da empresa Metro do Porto para a aquisição de composições mais rápidas, as chamadas “Traim-train” vocacionadas a viagens de longo curso.
Mais tarde, quatro anos depois da desactivação da antiga linha da Póvoa da CP (em Fevereiro de 2002), a população viu chegar, pela primeira vez, uma carruagem de metro. O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, José Macedo Vieira afirmou que “estão criadas as bases para uma política metropolitana de transportes que chame ainda mais pessoas à cidade. A qualidade e a quantidade de alternativas e vias de acessibilidades chamarão mais residentes e visitantes à Póvoa”, disse o autarca local.
Opinião partilhada por Valentim Loureiro. “Este metro do Porto é já a nível da Península Ibérica o quarto metro maior, depois de Barcelona, Madrid e Sevilha. Temos de nos orgulhar deste projecto”, afirmou.
O presidente da empresa Metro do Porto aproveitou a ocasião para referir que no Porto se tinham começado a cobrar tarifas consideradas caras, mas “a intenção era evitar os buracos financeiros que existem em todas as empresas de transportes sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa”.
“O próximo projecto é terminar a linha de Gaia até Laborim e em Junho vamos concluir a linha de Pedras Rubras até ao Aeroporto Sá Carneiro”, vincou o presidente da Metro do Porto.
Mário Lino anunciou ainda que “este semestre anunciará quando e com que soluções financeiras avançará a segunda fase do projecto do metro do Porto”. Esta fase inclui uma ligação entre o Porto e Gondomar, um concelho onde residem 40 mil pessoas que todos os dias se deslocam para trabalhar na cidade do Porto.
