Tiago Monteiro cumpre em 2006 o seu segundo ano na Fórmula 1. Depois de uma estreia fulgurante no campeonato do ano passado, onde conseguiu entre outras coisas, bater o record de “rookie” com mais corridas terminadas, ser eleito “rookie” do ano e subir ao pódio no terceiro lugar no Grande Prémio dos EUA, o piloto português tenta agora consolidar a sua posição na mais importante competição automobilística mundial.

Apesar de tudo, Monteiro continua na mesma equipa, a Midland F1 Racing, (que apenas mudou de nome) e com as mesmas limitações financeiras do ano passado. O piloto português acaba por reconhecer a dificuldade que têm os corredores de equipas mais fracas em termos económicos. “Há excelentes pilotos que estão na F1 há vários anos e não ganham porque não estão nas equipas com capacidades para isso”, diz ao JPN.

Ganhar uma prova é uma meta praticamente inalcançável e o piloto português não almeja nenhuma classificação em particular. “Na F1 não se passa como nas outras categorias, onde o primeiro ano é para aprender e o segundo para ganhar”, afirma.

“Tentar marcar pontos” é o objectivo principal de Tiago Monteiro para a temporada que agora iniciou. As outras equipas estão muito bem apetrechadas e têm mais capacidades financeiras, “o que complica muito as coisas” para as “pequenas equipas.”

Apesar das propostas que teve de outras escuderias, Monteiro preferiu ficar na na Jordan, agora Midland F1 Racing. “Houve duas propostas concretas, mas para piloto de testes oficial, que não era o meu objectivo principal”, afirma.

Em relação às novas equipas inscritas no campeonato, Tiago Monteiro guarda apenas algumas reservas em relação à Super Aguri, escuderia inteiramente nipónica formada pelo antigo piloto japonês, Aguri Suzuki.

“À excepção da Super Aguri, todas as outras são grandes equipas”, é a convicção de Monteiro.

Sobre quem será o seu favorito à vitória final no campeonato, o piloto principal da Midland está dividido entre o antigo vencedor e o melhor corredor do ano passado. Apesar de reconhecer o favoritismo de Fernando Alonso, que venceu em 2005 e começou 2006 com o primeiro lugar no Grande Prémio do Bahrein, o piloto português acredita que Raikkonen também tem boas hipóteses para triunfar.

David Pinto
Foto: F1 GrandPrix