Apenas 2,5% da água disponível no nosso planeta pode ser usada para consumo. Hoje comemora-se o Dia Mundial da Água, um pretexto para as entidades responsáveis promoverem acções de sensibilização das populações para a poupança deste bem natural.

O Instituto Nacional da Água organizou para este dia um encontro em Évora e conta com a presença do secretário de Estado do Ambiente. O concurso “Monitoriza os gastos de água em tua casa” foi a forma que o Instituto encontrou de alertar e motivar as crianças a gerir a água nas suas casas.

Porque morrem 4.500 crianças por dia por falta de água potável em todo o mundo é urgente utilizar a água como bem escasso que é. Hélder Spínola, da Quercus, explicou ao JPN que as “campanhas de sensibilização são essenciais e escassas” e “se não forem continuadas perdem o efeito”.

Em altura de seca não é suficiente “avançar apenas com medidas pontuais mas sim mecanismos com resultados a médio e longo prazo”, defende o ambientalista.

Hélder Spínola mostra-se preocupado com a ineficácia do “Programa Nacional para o Uso da Água” de 2001. Este documento apresenta os mecanismos de poupança de água nos três principais sectores: agricultura, industria e doméstico.

Mas como teremos que gerir a água no futuro? Segundo Hélder Spínola, “a seguir este ritmo o futuro será muito pouco risonho”. “É preciso preservar a qualidade da água que é distribuída para consumo mas também nos rios e lagos onde iremos abastecer”, diz. Caso contrário, “em períodos de seca será muito difícil suprir as necessidades”.

Raquel Rego
Foto: SXC