O primeiro-ministro, José Sócrates, está de visita a Angola, durante três dias, acompanhado de uma comitiva de 80 empresários e gestores. A ideia é impressionar o governo angolano e estreitar as relações bilaterais de investimentos e exportações.

Além dos 80 empresários que acompanham José sócrates, também viajaram para Angola os ministros dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, da Defesa Nacional, Luís Amado, do Ambiente e Ordenamento do Território, Francisco Nunes Correia e da Economia e Inovação, Manuel Pinho.

Os objectivos fundamentais desta visita são reforçar a linha de crédito já existente entre Portugal e Angola e incrementar as exportações entre os dois países. Outra aposta prende-se com a criação do Centro de Distribuição de Produtos Portugueses em Angola (CACIPA).

O protocolo de cooperação para a criação do futuro CACIPA será formalizado através de um memorando assinado por diversas instituições: Icep Portugal, Associação Empresarial de Portugal, Associação Industrial Portuguesa, Grupo Amorim, Escom e pelos bancos Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP e BPI.

Com a sua presença em neste país africano, José Sócrates espera, ainda, conseguir cativar novos parceiros angolanos para este projecto.

Durante a visita, curta mas cheia a nível de calendário e programa, serão assinados 13 acordos entre entidades públicas e privadas. As áreas de interesse económico vão desde a construção civil, exploração de petróleo, passando pela saúde e tecnologias da informação.

Vários empresários portugueses já tinham manifestado interesse em investir em Angola e a visita oficial de José Sócrates é o pretexto ideal para estreitar ligações diplomáticas e comerciais. Em 2005, as vendas para Angola ascenderam os 800 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 12,44% face a dados do ano anterior. Este valor faz de Angola o nono país cujo mercado é mais rentável para as exportações portuguesas.

Sócrates chega ao aeroporto de Luanda ao final da tarde de hoje, terça-feira, e será recebido pelo seu homólogo Fernando Piedade dos Santos, primeiro-ministro de Angola.

Paula Teixeira
Foto: Rita Pinheiro Braga/Arquivo JPN