A apenas um dia de se poder sagrar campeão nacional pelo FC Porto, Co Adriaanse expressou o seu maior desejo: continuar no clube que o pode fazer vencer o primeiro troféu como treinador.

Durante o II Congresso Internacional de Futebol, no ISMAI (Instituto Superior da Maia), que termina hoje, sexta-feira, o técnico holandês prometeu mais golos e mais espectáculo na próxima época dos dragões. “Fiz uma promessas aos meus jogadores: para o ano até os defesas iam marcar muitos golos”, afirmou.

Adriaanse reiterou o que já tinha sido referido por Pinto da Costa e dissipou todas as especulações sobre o interesse de clubes holandeses, como Ajax e PSV, na sua contratação.

O treinador dos “azuis e brancos” apresentou aos estudantes do ISMAI o seu ponto de vista sobre o futebol e os sistemas de jogo. O técnico holandês lamentou o facto de, em Portugal, os estádios estarem muito vazios e culpa o tipo de futebol muito defensivo praticado pelas equipas da I Liga.

“Em Portugal fala-se demasiado nas arbitragens. Devemos é falar na qualidade do jogo. Somos responsáveis por mostrar bom futebol e trazer pessoas aos estádios”, afirmou, reiterando a sua filosofia de um estilo de jogo atacante, atractivo, rápido e com muitos golos, à semelhança de clubes como o Barcelona ou o Arsenal.

Ao falar da flexibilidade de sistemas, Adriaanse aproveitou para defender com unhas e dentes o seu 3-4-3, tão criticado ao longo da temporada, ao dizer que é um sistema que oferece qualidade e segurança ao mesmo tempo. “Até podíamos jogar com cinco avançados”, concluiu.

“Diego é um excelente jogador”

Ao abordar os diferentes esquemas tácticos do futebol, Co Adriaanse falou da importância do número 10 na estrutura do FC Porto e deu Diego como exemplo. O técnico afirmou que o brasileiro é um excelente jogador, mas que lhe falta ainda “aprender a jogar em espaços grandes”. Aliás, o holandês teceu rasgados elogios a quase todos os elementos da equipa portista, sobretudo Pepe e Paulo Assunção.

Mais adiante, Adriaanse referiu o tipo de relação que tem com os jogadores e aquela que ele espera que os atletas tenham. O técnico disse que os membros do seu plantel têm de ter espírito de equipa e personalidade para ficar no banco ou não serem convocados. “Os jogadores têm de perceber que se troco de jogador, é para o bem da equipa, não é porque não gosto dele”, rematou.

Texto e foto: David Pinto