Quando Vítor Baía saiu para o Barcelona em 1996, o FC Porto tentou encontrar um substituto para o mítico guarda-redes. Após diversas tentativas falhadas, os responsáveis “azuis e brancos” chegaram à conclusão que o único substituto à altura de Baía é… o próprio Baía. O veterano guardião regressou à casa que o viu crescer para o futebol em 99 e devorou os títulos que lhe faltavam conquistar. Mais seis temporadas dono e senhor da baliza do FC Porto e Vítor Baía tornou-se o jogador com mais troféus do mundo.
Com 28 títulos (com a possibilidade de conquistar pelo menos mais um esta temporada), tão cedo o futebol não vai conhecer atleta como o internacional português. Mas como tudo o que é bom não dura para sempre, também a carreira de Baía tem de terminar mais cedo ou mais tarde. A caminho dos 36 e com consciência que já não rende como outrora, o guarda-redes não se ressentiu quando Co Adriaanse, bem ao seu estilo, colocou Helton no lugar que sempre foi de Baía.
O brasileiro é o melhor suplente que o FC Porto tinha tido para a baliza, até ao momento em que o técnico holandês achou por bem começar a tratar da sucessão de Baía. Inteligente, Adriaanse fê-lo de modo a não chocar ninguém e sempre defendeu que os dois guarda-redes nada tinham um contra o outro e que pelo contrário apoiavam-se mutuamente.
Helton mostrou estar à altura do desafio, sofrendo apenas um golo (de penalty) nos 10 jogos que fez a titular na segunda volta do campeonato. Enquanto o FC Porto tiver Baía e Helton no plantel, a baliza estará segura como nunca o esteve. Quando o português pendurar as botas, fica a certeza que as redes do Dragão ficam tão bem guardadas como sempre estiveram.