O segundo dia da Queima das Fitas teve uma afluência de público moderada, como seria de esperar num domingo em que não actuaram bandas de relevo mundial. Os concertos, ainda assim, não desapontaram e tiveram uma forte cooperação da audiência.

Os estreantes Expensive Soul apresentaram um espectáculo surprendentemente apelativo de constante comunicação e interacção com o público que acompanhou em uníssono alguns temas da banda de Leça da Palmeira.

Demo e New Max, vocalistas principais da banda, disseram em conferência de imprensa que esperam “voltar nos próximos anos” e que ficaram “contentes com o público da Queima”. A banda, que assume influências como Mos Def e Common, disse que quer “abranger novos tipos de som”, além do soul e r’n’b a que estão associados.

Os GNR apresentaram um espectáculo especificamente dirigido ao público portuense, sem quaisquer riscos e pensado para a participação dos presentes, percorrendo os principais sucessos da carreira de já 25 anos. “Sweet Sixteen” e “Pronúncia do Norte” obtiveram as reacções esperadas, sendo acompanhadas de várias centenas de vozes inebriadas.

Rui Reininho disse à imprensa, após o final da actuação, que “o sentimento de estar em palco já não é tão prazentoso como antes”. Inquirido pelo JPN sobre a longa carreira e o facto de poder estar mais desligado dos espectáculos, o líder dos GNR afirmou que não entra em piloto automático nas actuações e que “o prazer é sempre diferente”.

Hoje, segunda-feira, actuam Boss Ac e Orishas.

André Sá
Foto: Paula Teixeira