A terceira edição do festival de curtas-metragens “Corta” começa hoje, quinta-feira, na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto, e decorre até sábado.

A concurso estão 57 filmes de 31 países diferentes. O maior número de participantes vem de Portugal e Espanha, seguidos pela Itália e Reino Unido. Devido ao elevado número de participantes – mais de 300 – e à elevada qualidade das curtas, a organização decidiu criar uma sessão visionamento extra, afirmou o director do festival, Rui Loureiro, ao JPN.

Os vencedores vão ser revelados no sábado pelo júri, que este ano é constituído pelo jornalista Mário Augusto, pelo realizador Pedro Sena Nunes e pelo actor e realizador cubano Angel Oramas.

Rui Loureiro destaca da programação o concerto da dupla inglesa Corker Conboy, no sábado, mas refere que as sessões de visionamento das curtas-metragens são sempre as que têm uma maior afluência do público.

No ano passado, o festival foi visitado por 1.500 a 2.000 pessoas, revela o director do festival. “O número de visitantes tem duplicado de ano para ano” e por isso as perspectivas para este ano são boas, declara Rui Loureiro.

“O festival tende cada vez mais a ser uma miscelânea de ideias, conceitos e eventos. O objectivo deste festival é fazer a interligação das curtas-metragens com as outras áreas artísticas”, diz.

O conceito deste ano do Corta é “Um Bicho de Sete Cabeças” porque “cada vez há mais cabeças e mais ramificações do ponto de origem”, explica o director. “Cada vez há mais actividades e fugas à curta-metragem pura e simples. Pretendemos transformar a curta-metragem quase numa atitude do dia-a-dia”.

“Reprodução em Cativeiro”

“Reprodução em Cativeiro” é um “projecto emblemático” do Corta, como o classifica o director do festival. Durante os vários dias do festival vai decorrer a filmagem de uma curta-metragem ao vivo no auditório. O objectivo é mostrar ao público o processo de filmagem e edição de um filme. A curta que daí resultar vai ser projectada na sessão de encerramento.

O Corta 2006 começa hoje às 20h00 no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. A entrada é livre.

Tatiana Palhares