Hoje, sábado, o primeiro-ministro, José Sócrates, presidiu à inauguração da linha E do metro do Porto. Marcada para as 11h30, a primeira viagem realizou-se com meia hora de atraso e com uma carruagem cheia de convidados.

José Sócrates disse aos presidentes de câmara presentes na cerimónia e na presença do Ministro das Obras Públicas, Mário Lino e da Secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, que a segunda fase do projecto do metro do Porto só “irá nascer quando todos soubermos quais as linhas mais importantes. Quando isso for evidente faremos tudo para que este projecto progrida”, afirmou.

Estabelecer prioridades e avaliar a viabilidade das novas linhas de metro são os próximos passos do Executivo no que diz respeito ao projecto do metro do Porto. O primeiro-ministro adiantou ainda que é intenção do governo rever o modelo empresarial da Metro. Disso “depende o financiamento da obra da segunda fase, para que tudo se faça com mais segurança”, explicou.

Da segunda fase constam os projectos para as linhas de Gondomar, Boavista, Trofa e um troço de Gaia, projectos que ficaram suspensos em 2005 por imposição do governo. O Executivo socialista alegou que era necessário analisar a sustentabilidade e viabilidade financeira das linhas para estes concelhos.

Mário Lino com Rui RioApesar do discurso cauteloso do primeiro-ministro, o ministro dos Transportes e Obras Públicas, Mário Lino, adiantou três novidades para o metro do Porto. O passe social, associado ao “Andante”, que deve avançar já em Junho e é já uma promessa deixada na anterior inauguração da linha Vermelha que liga a Senhora da Hora à Póvoa de Varzim. E especialmente para a linha da Póvoa, “estão já encomendados 30 veiculos de longo curso, mais rápidos e cómodos”, garantiu Mário Lino.

A grande novidade é a criação de um interface em Gaia e a extensão da linha Amarela, linha D, em Gaia, entre Santo Ovídeo e Laborim. O interface visa criar um acesso directo entre o metro e outros transportes públicos e é tanto para José Sócrates como para Mário Lino “uma prioridade”.

Valentim Loureiro e José Sócrates “O Governo sabe que pode contar com a Metro do Porto e com as câmaras do norte para o desenvolvimento da região e do país, mas para isso a obra tem de continuar”, disse o presidente da Empresa Metro do Porto. Todo o dinheiro investido foi “investido com tranparência e rigor”, vincou Valentim Loureiro.

Texto e Fotos: Paula Teixeira