As universidades e politécnicos têm até 31 de Julho para apresentar candidaturas ao concurso “Promoção do Sucesso Escolar e Combate ao Abandono e ao Insucesso no Ensino Superior”. O programa financia as instituições de ensino superior durante um ano para estudar as razões dos maus resultados universitários e implementar soluções que os resolvam.
Financiado pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior em colaboração com o Programa Operacional da Ciência e Inovação (POCI), o concurso reabriu na semana passada, depois de ter estado suspenso mais de um ano. Surgiu com uma novidade nos objectivos: “o financiamento de estudos de diagnóstico para se perceber o que está a acontecer e porque é que acontece”, explica ao JPN a técnica do POCI responsável pelo concurso, Sofia Freire.
A outra meta consiste em “promover projectos inovadores, como metodologias e instrumentos de ensino” para se combater o insucesso escolar. Esta vertente de intervenção poderá propor medidas correctivas, promover formação pedagógica para os professores ou estágios de orientação para os alunos.
Quanto aos projectos de diagnóstico devem ser apresentados pelas instituições de ensino superior, através de consórcios entre centros de investigação e dez investigadores doutorados. Os estudos identificarão os factores sociológicos, psicológicos ou administrativos, que ajudam a perceber o insucesso escolar.
Inicialmente pensado para as escolas públicas, o programa tem agora “em discussão” a abertura ao ensino privado, diz Sofia Freire. Ontem, a Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP) enviou uma carta ao ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, a exigir a inclusão dos privados no concurso.
O regulamento já está disponível “online”, aguardando-se para breve a disponibilização dos formulários de candidatura.
