“A ideia por trás do projecto é criar um espaço onde as pessoas possam experimentar uma variedade grande de chás diferentes”. Miguel Ortigão é o proprietário de um dos espaços mais originais do Porto para beber chá. A Rota do Chá aposta na diversidade e na criação de todo um ambiente propício ao acto de tomar chá.

A casa começou com 40 variedades de chá, mas actualmente tem já 120. Da China, ao Japão, passando pela Tailândia ou Sri Lanka, o menu de chás vem acompanhado da descrição do sabor e das propriedades que lhe estão associadas, tornando mais simples a escolha.

Chegar a uma oferta de 120 variedades de chá não é fácil. As dificuldades prendem-se com a maneira de adquirir chás de países tão remotos. Por outro lado, existe também a questão da própria pesquisa, como refere Miguel Ortigão: “há muitos anos que gosto de chá e me preocupo em ler e pesquisar. A Rota do Chá foi o culminar desses anos todos”.

A palavra diversidade aplica-se também ao tipo de público que frequenta esta casa de chá. Segundo o proprietário, o seu público abrange todas as faixas etárias, mas existe uma maioria de jovens universitários, já que são os que têm uma maior disponibilidade durante a semana.

Outra das facilidades ao dispor dos clientes é o facto de poderem “não só experimentar, como também levar para casa. Existe loja para as pessoas que, gostando daquele chá, e querendo levá-lo para casa, o poderem fazer, tanto em saquinhos, como em latas”, refere o proprietário.

Beber chá num ambiente tranquilo

“Criar a Rota do Chá foi criar uma coisa em que me sentisse bem, que eu gostasse de usufruir. Eu, como gosto muito de chá, gostava de ter um espaço em que estivesse tranquilamente a beber chá e a usufruir de um espaço diferente”, afirma Miguel Ortigão.

Na Rota do Chá existem vários espaços, cada um tendo, mais ou menos, uma influência marcante. As diferentes decorações relacionam-se com os países mais simbólicos que produzem e consomem chá.

A criação de ambiências é um dos factos que procura voltar a aproximar o acto de tomar chá a uma espécie de ritual, como o foi, por exemplo, nas sociedades orientais de outrora. Uma atmosfera mística e exotismo fervido numa chávena de chá é a proposta deste espaço na Rua Miguel Bombarda, no Porto.

Texto e fotos: Sónia Santos