O ministro da Defesa israelita negou hoje, segunda-feira, no Parlamento, a possibilidade de Israel aceitar um cessar-fogo imediato porque “os extremistas levantariam de novo as suas cabeças”. “Estamos numa guerra para defender os nossos espaços, numa guerra que nos foi imposta, e estamos decididos a vencer”, disse.

Também o ministro israelita da Justiça, Haim Ramon, declarou que a suspensão dos ataques aéreos no Líbano por 48 horas não significa o fim da guerra contra o Hezbollah.

Hoje, zonas próximas da aldeia de Taibe, no sul do Líbano, foram bombardeadas, por alegadamente albergarem posições do Partido de Deus. “Os nossos aviões estão a operar naquele sector para apoiar as nossas forças no solo”, explicou à AFP um porta-voz militar, que quis permanecer anónimo.

Segundo a AFP, a trégua está a ser aproveita pelos refugiados libaneses que estão retidos no sul do país há três semanas para fugirem rumo a norte.

As declarações dos responsáveis israelitas não coincidem com as da secretária de Estado norte-americana que afirmou hoje ser possível um cessar-fogo duradouro entre Israel e o Líbano ainda esta semana. Condoleezza Rice lamentou a morte de 57 civis, muitos deles crianças, ontem, em Cana, depois de um ataque da aviação israelita.

JPN
c/ agências