A Praça de Lisboa pode vir a acolher o Pólo Zero, um desejo antigo da Federação Académica do Porto (FAP) para fazer face à falta de locais para estudo em horários alargados. A instalação deste espaço na deserta Praça de Lisboa, bem como a criação de uma Loja de Apoio ao Primeiro Emprego, foi assumida pelo presidente da Câmara, Rui Rio, nas últimas eleições autárquicas.
A Porto Vivo – Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) está a preparar o concurso público que entregará a um privado a exploração da praça, noticiou ontem, domingo, o “Jornal de Notícias” (JN). O JPN tentou pedir esclarecimentos da administração da SRU, mas tal não foi possível.
Segundo o JN, o concurso público será aberto em Setembro, já na “rentrée” política, depois do aval, indispensável, do Executivo e da Assembleia Municipal do Porto. O diário cita Rui Rio, que garante que será tido em conta o projecto da FAP, através da transformação de parte do antigo Clérigos Shopping no Pólo Zero. Os restantes espaços serão entregues à exploração privada.
O presidente da FAP acredita que em 2008 o Pólo Zero, uma velha ambição da federação, pode abrir na Praça Lisboa, um local privilegiado dado a proximidade à nova reitoria, situada na Praça dos Leões, e a inserção na Baixa do Porto. “Nunca se chegou tão longe”, disse ao JPN Pedro Barrias, confirmando o “interesse” da Câmara do Porto no projecto.
A FAP quer criar um “espaço multifuncional”, com um “horário alargado”, que albergue um espaço de estudo, uma zona de acesso à Internet, reprografia e papelaria (concessionadas a privados), uma área de convívio e outra para tertúlias, conferências e outros eventos. Desta forma, seria combatido o “problema” da falta de espaços no centro da cidade para estudar à noite e seria dado um importante passo na fixação dos estudantes na Baixa.