Os motivos da demissão de Co Adriaanse do comando técnico do FC Porto começam, lentamente, a ser conhecidos. Ao que o JPN apurou, para além dos já conhecidos desentendimentos entre o treinador e a direcção quanto à constituição do plantel, Adriaanse estaria desagradado com os atrasos no pagamento dos prémios de vencedor da Liga Betandwin e da Taça de Portugal.
A questão do ponta-de-lança desejado por Co Adriaanse foi apenas a última de uma série que motivaram o divórcio abrupto. O treinador não terá sentido a desejada confiança por parte da direcção do FC Porto para continuar.
Ainda ontem, terça-feira, após a vitória por 5-2 com os amadores do Rijnsburgse Boys, o técnico holandês garantiu ter perdido as esperanças no que toca à contratação de um avançado por parte do clube portista. “Já tenho poucas esperanças que venha alguém. Faltam poucos dias para o início da época. É muito difícil”, afirmou.
As declarações da discórdia
Segundo informações veiculadas pela Rádio Renascença e disponíveis em diversos orgãos de informação holandeses, Co Adriaanse terá dito que “já não conseguia trabalhar com o presidente”.
Declarações do treinador durante o Torneio de Amesterdão terão sido mal recebidas pelos jogadores e pela direcção. No final da derrota por 3-1 com o Manchester United, Adriaanse afirmou que “há alguns jogadores que têm um talento limitado e só com muito treino poderão evoluir”.
Após mais uma derrota frente ao Inter de Milão, o ex-técnico voltava a insistir na necessidade de mais um avançado, mas, desta vez, foi mais longe. “Não há dinheiro para um avançado? Então continuaremos a fazer exibições divertidas mas a perder estes jogos”, atirou.
O treinador, que era esperado esta tarde na cidade do Porto, vai permanecer na Holanda até ao final da semana. Assim, ficou adiada a conversa com Pinto da Costa para discutir a rescisão do contrato que liga as duas partes. A restante equipa técnica composta por Jan Olde Riekerink, Will Coort e Chris Kornshorst está na mesma situação.
