Quem não marca, arrisca-se a sofrer. A frase encaixa que nem uma luva na descrição da derrota do Benfica por 1-0, frente ao Manchester United, na segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Isto porque os “encarnados” controlaram perfeitamente o seu adversário, reduzindo-o ao nível de oponente vulgar, tal como tinham feito na época passada, quando venceram por 2-1, no Estádio da Luz.

Só que desta vez, os deuses do futebol estiveram do lado dos “diabos vermelhos” de Manchester. O Benfica dominou toda a primeira parte e criou algumas oportunidades de perigo, constrastando com uma equipa inglesa apática. A excepção era o inevitável Cristiano Ronaldo, com as suas reconhecidas arrancadas a criar desequilíbrios na defesa portuguesa.

Na segunda parte, o clube da Luz continuava no controlo das operações até que aos 60 minutos, o céu caiu em cima da cabeça dos benfiquistas. Contra a corrente do jogo, os visitantes chegaram à vantagem, na sequência de um rápido contra ataque. Cristiano Ronaldo (quem mais podia ser?) lançou Louis Saha no lado direito e o atacante do United rematou forte, com a bola a trair Quim após sofrer um desvio em Anderson.

O golo abalou o raciocínio da “águia”, que começou a cometer muitos erros e nunca mais recuperou o controlo do jogo. Saha teve nos pés o segundo golo, mas acabou por rematar ao lado. Até final, as melhores oportunidades pertenceram ao Manchester United.

Com esta derrota, o Benfica cai para o terceiro lugar do grupo F. Isto porque o Celtic venceu o FC Copenhaga por 1-0 e ascendeu ao segundo posto, atrás do líder invicto Manchester United.

David Pinto